Que esperavam? Veio (mal vestida, como sempre) e foi-se. Deixou-nos uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma.
E.G.
Este blog não está interessado em aderir ao novo Acordo Ortográfico da Língua Brasileira. Por isso, escreve no que entende ser Português escorreit
Às vezes, tenho pena de não ter mais tempo para poder escrever. Falha-me assim a intenção deste blog e falha-me a possibilidade de corresponder ao pedido daqueles órgãos de imprensa que tanto insistem para que eu engrosse o número dos seus colaboradores. Não dá; sinceramente, é-me impossível inventar tempo para isso.
Reconheço, porém, que pouco importa que eu escreva ou não. Só me apetece escrever sobre política, mas acho que sou o único que não tem opinião sobre a forma como Portugal pode descalçar a bota em que se enfiou. Toda a gente sabe como sair disto e tem vontade de divulgar a sua opinião. Só eu não.
Sinceramente, sou um, talvez único, em dez milhões, que não dava para primeiro-ministro desta casa sem pão.
Até Seguro veio anunciar a um país incrédulo, que «está preparado». Incrível, mas real. Ele acha que está preparado!
Aqui há uns mesinhos, ouvimos isso da boca de um outro rapazola; e o resultado da preparação que ele tinha, e as soluções que apresentava… aí estão, à vista de todos.
No ano passado, Coelho, acolitado por Portas, recusava o PEC 4 - que Sócrates negociara com as entidades europeias – o qual previa uma subida de escalão do IVA de um certo número de produtos, um corte nas deduções em sede de IRS, ao mesmo tempo que definia uma ligeira subida nas pensões mínimas e o salário mínimo de 500 euros.
Aí, Passos Coelho declarou que «não estava disponível para aceitar mais sacrifícios dos portugueses» e Portas jurava defender até à morte, os contribuintes e, particularmente, os pensionistas.
Ambos diziam que, entre a crise internacional e a situação portuguesa, não houvera qualquer relação. Coitados dos moços: não tiveram um bocadinho de tempo para analisar as causas e consequências de um tal subprime…
Rejeitado o PEC 4, por acção conjunta dos partidos à sua direita aliados com os da sua esquerda, Sócrates atirou a toalha. O país foi a votos
Entretanto, Teixeira dos Santos não foi de modas e pediu o resgate, à revelia de Sócrates.
Coelho e Portas sentam-se nas cadeiras do poder sob a opa protectora de Cavaco. Daí em diante… foi o que se viu. O país estava à beira do abismo, é verdade.
Coelho que tirou da cartola um fala-mansinho de nome Gaspar, só facilitou: obrigou o pobre Portugalzinho a dar um grande passo em frente.
Cada dia que passa, o cidadão acorda temeroso: «que surpresa desagradável me reservará hoje a dupla Coelho/Gaspar?»
Os subsídios de férias e de Natal, foram ao ar, os impostos cresceram aos limites do impossível e o presidente, cada vez mais mudo, nada fez para travar os desvarios e as mentiras que atiraram toda uma classe média para os limiares da pobreza e a classe pobre para as zonas de miséria. A protecção social é quase uma miragem do passado. A produção decresce, os números do desemprego sobem exponencialmente… Até a independência de um país de pergaminhos dourados foi ao ar.
O país fica pior em cada dia, desde que Coelho tomou assento na cadeira do Palácio da Calçada da Estrela.
Na única coisa em que o homem é bom, é em inventar palavras.
Primeiro, fora as «malabarices» do orçamento (do outro, claro). Depois, entre «pieguices» e «colossais» buracos nunca explicados e «reajustamentos» do pacto que jamais seriam a renegociação da dívida, foi criando patéticas expressões
A última foi a «refundação» que começou por ser a refundação das medidas sociais, que passou depois a ser a «refundação do Estado Social» e, finalmente, passou a ser a «refundação do Estado» que, ao que consta, seria uma «malabarice» para alterar a Constituição da República com o objectivo de nos sacar mais quatro milhões de euros para pagar juros de dívidas que os governos contraíram sem que nós tivéssemos sido vistos nem achados para isso.
De tombo em tombo, fomos mergulhando cada vez mais fundo e perdendo esperanças e expectativas.
Quanto a Coelho... esqueceu depressa que «não estava disponível para aceitar mais sacrifícios dos portugueses» e tem-se empenhado em espetar a faca cada vez mais fundo na classe média e até nos infelizes que vivem de salários de miséria.
E Portas? Bem, esse esqueceu os pobrezinhos, os lavradorzinhos, os pescadorzinhos e os seus queridos pensionistas… Tal como o chefe do governo, Portas está muito interessado em mostrar a importância do seu nariz, nos areópagos internacionais.
Hoje, não há quase nenhum português que não gostasse de ver tal coelho ao alcance da mira de um caçador experimentado. Mas pergunta-se: e que alternativas?
Este, que diz agora que está preparado para governar?! Só de anedota!
Como se terá preparado o sujeito, que nunca fez mais do que gastar os fundilhos nos assentos dos cargos públicos que lhe foram sendo oferecidos?!
O outro ainda escreveu um livro cheio de banalidades em que prometia «Mudar». Este debita banalidades que, espremidas, não dariam para preencher nem um livro de mortalhas.
Com tal «preparação, havia de ser linda a sua liderança!...
Só se fosse para fazer ainda pior.
Os portugueses podem estar fartos das asneiras de Coelho e ambicionarem mudanças; mas mudar para um tal Tozé Seguro?! Só se fossem parvos.
E.G.
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