Os jornais enchem parangonas: o diploma de Relvas é falso; como há anos usavam o mesmo tema sobre Sócrates. Não questionam se os diplomas são necessários para se poder ser ministro.
Não são. Mas os jornais apenas querem dizer: Relvas é um trafulha. Como, há anos, disseram de Sócrates. Como se o facto de um político ser trafulha fosse novidade. Novidade seria encontrar um político (pelo menos, actualmente, em Portugal) que não usasse «xico-espertices» e trafulhices para chegar onde queria: ao poleiro.
E enquanto os jornais usam estes temas menores para encher papel e vender jornais, os temas que realmente importam ao zé-povinho passam a segundo plano.
Enquanto se fala do diploma de Relvas, passa em claro a evidência mostrada pelo Tribunal Constitucional de que a decisão de cortar os subsídios de Natal e de férias foi ilegal, foi um absurdo social e económico, sendo, assim, um contributo imenso para agravar a crise e, como tal, foi uma irresponsabilidade imbecil.
Enquanto se fala do diploma de Relvas e da fidelidade (conivência?) entre este e o primeiro-ministro, não se mencionam as falências de empresas e do consequente aumento do desemprego, ambos provocados por medidas como o aumento do IVA e por estes sucessivos cortes que diminuem o poder de compra da população.
Enquanto os títulos se ocupam do inútil diploma de Relvas, passa a segundo plano o facto de o governo não ser capaz de renegociar as «parecerias público-privadas», mas teve a «coragem» de tomar a decisão arbitrária de atacar o elo mais débil da corrente, sacando aos funcionários ainda mais do que eles já eram capazes de suportar.
Logo que Passos Coelho ou o seu ministro «f…-mansinho», das Finanças, anunciaram esses cortes de subsídios aos funcionários, a oposição e muitos economistas avisaram sobre a inconstitucionalidade da medida, já que comportava desigualdade entre o sector privado e o sector público. Coelho e «F…-mansinho» fizeram, irresponsavelmente, orelhas de mercador.
Cavaco, cúmplice desta espécie de governo «infanto-juvenil» que está à frente dos nossos destinos, fez que não percebeu e promulgou.
Vem agora dizer que sim, que percebeu, mas que deixou passar sem pedir o parecer do Tribunal Constitucional porque senão… não havia orçamento.
Agora, que o Tribunal avisou sobre a ilegalidade e irresponsabilidade cometidas, já o governo de Relvas/Coelho e «F…-mansinho» agitam a possibilidade de alargar a medida ao sector privado.
Nem comentamos esta incoerência, que mais agravaria as condições de vida das pessoas e a crise económica (donde não nos escaparemos com facilidade, mesmo sem estas medidas estúpidas, infantis, irresponsáveis e absurdas).
Mas os absurdos não ficam apenas por este (des)governo, bom aluno da senhora Merkel. É que o Tribunal Constitucional considera que os cortes dos subsídios de Natal e férias à função pública são uma violação da Constituição; mas vai «deixar passar» por esta vez. Ou seja: a medida que é inconstitucional para o próximo ano, é aplicável no ano corrente.
Temos uma Constituição pisca-pisca, que ora pisca, ora não pisca?!
E.G
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