Durante quase 40 anos, a subsídio-dependência autárquica instalou-se no espírito dos dirigentes das diversas associações existentes na área de cada município.
Começou, então, uma quase total ausência de iniciativas conducentes à auto-suficiência das respectivas actividades.
Qualquer dessas associações tem, na generalidade, muito poucos sócios inscritos e ainda muito menos «sócios pagantes», a ponto de os nomes dos respectivos dirigentes se repetirem, de mandato para mandato, já que, dificilmente poderiam ser encontrados outros nomes para, legalmente, se proceder à substituição.
Assim, sem recursos próprios, tais associações sobrevivem «ordenhando a vaca», ou seja, pedinchando às câmaras municipais, as quais, por sua vez, deliberadamente ou não, ignoram a insignificância das actividades que os responsáveis pelas associações dizem ter executado ou se propõem fazer, e lá vão «escorrendo».
Há poucos dias, caiu-nos na mão o contrato programa estabelecido entre uma autarquia algarvia e uma associação que, para espremer bem a teta, divide a sua «justificação» em projectos, alguns que, actualmente, só existem no papel, ou têm um disfarce tão insignificante como participação em Janeiras, espectáculos (sem referir nenhum que tenha realizado), Carnaval, BTT, limpeza de praias (no dia do ambiente), 25 de Abril, ou estabelecimento de «pontes com outras instituições», ou referindo intervenção em actividades de uma IPSS.
Tão genérico é este pedido que qualquer entidade um bocadinho atenta o rejeitaria liminarmente. E, no entanto, a câmara desse município não hesitou um momento a atribuir a tal projecto umas dezenas de milhar de euros.
Será esta uma forma de equilibrar as contas do país ou da autarquia?
Certamente que os senhores vereadores que aprovaram este dislate procede-riam de outra forma se sentissem que tais subsídios lhes sairiam dos bolsos?
A menos que «outros valores» se imponham …
E.G
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