Trouxe-me o correio electrónico de hoje a notícia, em forma de comunicado de imprensa, de que o socialista algarvio Fernando Anastácio, vice-presidente da direcção da Entidade Regional do Turismo do Algarve (ERTA), entendeu renunciar ao seu mandato.
Um direito que lhe assiste, como é natural; como lhe assistiu o direito de se propor para a eleição do mesmo cargo. Portanto, até aqui, muito bem.
Mas vejamos as razões que Anastácio aponta para esta sua decisão: diz ele que as “opções políticas da tutela reduzem de forma drástica o orçamento desta entidade”.
E mais diz: que discorda do “cancelamento do programa Allgarve” e do “recente corte de 30% do orçamento da ERTA, dos termos da contratualização que é imposta, bem como (…) das posições (assumidas) pela secretária de Estado”.
Diz ainda Anastácio que tem reservas “sobre a orientação e o caminho preconizado pela tutela para o turismo do Algarve” e que, assim, não vê “reunidas as condições para um pleno e cabal exercício das responsabilidades que, no seu entender, estão atribuídas à ERTA”.
Finalmente, alega o político socialista que espera “que esta tomada de posição possa de alguma forma contribuir como lançar um alerta e promover a reflexão entre os agentes regionais, públicos e privados, sobre o caminho que se está (a) trilhar”.
Pois aqui estou eu – que não sou agente de nada nem de ninguém, nem público nem privado – a reflectir... como apela o senhor Anastácio.
E que dizem as minhas reflexões? Que Anastácio e a ERTA só têm “reunidas as condições para um pleno e cabal exercício das suas responsabilidades” em tempo de «vacas gordas.
Não percebeu ainda Anastácio que as vacas estão magríssimas e que, por isso, é necessário fazer cortes (de 30, 40, 50 ou até de 100 por cento) nas excrescências adiposas do Estado. Excrescências para que o seu partido muito contribuiu. Ou não sabia disso?
Não percebeu também que o tal programa «Allgarve», em termos de incremento de importação de turistas, foi de uma nulidade absoluta, pelo que se justificava em absoluto lançá-lo borda-fora e repensar os estímulos para atrair turistas e as suas divisas.
Como vice-presidente, não percebeu ele que “a manuten-ção dos parcos meios disponíveis para a promoção terão que ser encontrados no corte de despesas com recur-sos humanos” da ERTA, como não conseguiu vislumbrar que o gigantismo daquela entidade, tanto em recursos humanos como em estruturas físicas, pouco mais significaram, durante anos a fio, senão serem acolheito de boys e girls, clientes e produto dum mal nacional chamado nepotismo.
Pois vá lá descansado para a «sua» Albufeira, senhor Anastácio. Ninguém vai dar pela sua falta. Como não deu pela sua presença.
E.G.
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