Fiz tenção de me deixar de blogar. Há movimento demasiado na NET e isso traz-me à ideia o dito popular de que um é bom, dois é melhor, mas três já é demais para uma só camioneta. Por isso, durante um ano, abandonei a intenção de dar continuidade ao meu blog.
Só que, ao não fazê-lo, fico privado de publicar a minha palavra. Portanto, eis-me de novo nesta coisa a que deram o nome de blogosfera. Porque não me apetece estar silencioso...
É que estou farto de que os responsáveis políticos, a começar pelo Presidente, continuando no governo da Nação - com destaque para esse inefável garoto de nome Coelho, que tem a veleidade de se julgar capaz de governar um país – e terminando na(s) oposição(ões) onde se destaca um deserto de ideias que só pode ser “seguro” no nome e na asneira.
Veja-se o que se tem passado com o folhetim “Portugal vai precisar, ou não, de um novo resgate ou de um programa cautelar depois de Junho de 2014?”
Ora, meus senhores… a gente sabe lá o que eles estão a dizer? Que é isso, concretamente, que querem fazer no tal programa cautelar? Expliquem lá o que é pior, se o segundo resgate, se essa coisa cautelar.
O que nós sabemos é que a Europa quer que Portugal termine este programa de ajustamento na data que foi pré-definida e passe para uma nova fase da sua história, que não será, de certeza, diferente da actual. E ao contrário do que o Seguro e o partido que lidera pensam, o acordo dos socialistas não é essencial para que Portugal se coloque ao abrigo desse novo programa.
Sabemos que, não havendo segundo resgate, só pode haver esse programa cautelar - se o governo de Portugal o vier a pedir. Já sabemos também que as medidas de austeridade continuarão, no mínimo, até 2017.
Por mim, nunca percebi porque é que, por exemplo, dos 12 mil milhões que nos foram atribuídos, destinados à banca, só foi utilizada metade; mas será verdade que, mesmo assim, estamos a pagar juros do dinheiro atribuído e não usado?
Sei lá, neste país de loucos, tudo é possível!
Ah, é verdade, quase me esquecia de dizer que, havendo um programa cautelar depois de Junho… não será preciso realizar eleições. Assinem ou não assinem, Seguro e o PS vão ter que gramar o rapaz de orelhas compridas até Outubro de 2015 – pelo menos!
E.G.
Este blog não está interessado em aderir ao novo Acordo Ortográfico da Língua Brasileira. Por isso, escreve no que entende ser Português a sério
Na campanha eleitoral, o PSD, pela boca de Pedro Passos Coelho tinha-nos dito que sabia perfeitamente como iria reduzir as despesas do Estado, as «gorduras», como se baptizaram, então. Eram as PPP, eram os governos civis, eram os institutos e as empresas públicas e municipais, eram as fundações, eram os «excedentes da função pública…
Eleito para o governo, avançou logo com a extinção dos governos civis. Pudera! Os governadores civis eram, todos eles, boys do PS!...
Ficou-se à espera da redução das outras «gorduras do país». Alto lá! É preciso fazer estudos, isto não vai assim, sem mais nem menos.
Institutos públicos? – Tenham calma. Ainda não há estudos conclusivos.
Empresas públicas e municipais? – Calma, amigos, dêem tempo ao tempo. Além disso, elas estão crivadas de boys dos nossos…
Excedentes da função pública? – Não podemos despedir as pessoas…
Fundações? – Pronto, pronto. Está feito o estudo. Há aí centenas de Fundações para encerrar. Ora deixem ver… Olhem, íamos encerrar aqui uma dezena e meia mas as câmaras não querem ou porque as fundações não precisam do nosso dinheiro ou da nossa autorização para funcionarem e, afinal, a gente pouco gastava com elas.
Ficaram aqui quatro onde vamos ser implacáveis! Esta, por exemplo: Fundação António Aleixo, no concelho de Loulé. Para que serve isto?! Só suportam um infantário, fazem assistência domiciliária, coisinhas assim… Em suma, dá assistência a centenas de famílias. Insignificâncias assim, sem grande uilidade! Então, fecha-se!
E determinaram o seu encerramento.
Como reagiram os louletanos? Protestaram? Ora, ora, para quê? Não basta a gente discutir isso no café?
E o governo percebeu: estes aqui aguentam tudo o que quisermos; então, vamos a eles. E puseram-se a esgravatar, à procura doutro sítio onde cravar o choupo.
Olhem - disseram os esgravatadores - o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) tem, há dois anos, em Loulé, um helicóptero. Para que é que eles querem o raio do helicóptero? Não têm que evacuar sinistrados todos os dias… Pegamos num helicóptero daqueles grandes, que estão ao serviço do Ministério da Administração Interna, adaptamo-lo para poder efectuar serviço de socorro médico e já está. Então vamos tirar o helicóptero do INEM de lá.
E que fizeram os louletanos? Protestaram? Ora, ora, para quê? Não basta a gente discutir isso no café?
Em Macedo de Cavaleiros o ministro quis fazer o mesmo. O povo saltou à rua, os autarcas encabeçaram uma manifestação. Ameaçaram retaliar. Aquilo é gente determinada; lutam. O governo foi-se abaixo e voltou atrás com a decisão. O helicóptero ficou lá.
Por cá, segundo a acta da reunião de câmara de 11 de Janeiro, a eventual retirada do helicóptero do INEM já fora objecto de uma moção votada por unanimidade; provavelmente, também no sossego dos gabinetes, o assunto fora discutido; mas ficou-se à espera de que o governo actuasse e só hoje a autarquia tornou público um manifesto sobre o assunto.
O pessoal do concelho louletano… isto é outra gente: calma, resignada, comodista. Ficámos todos à espera que as uvas amadurecessem, enquanto se aguardava a posição oficial da autarquia. Agora, aí está ela:
"Na sequência da tomada da decisão do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) em retirar de Loulé o Helicóptero que se encontrava sedeado no Heliporto Municipal de Loulé há cerca de dois anos e meio, deslocalizando-o para Beja, o executivo municipal manifesta a sua total discordância.
Em primeiro lugar, a prevalência das ocorrências no Algarve (87%) é claramente superior à registada no Distrito de Beja (11%), no período compreendido entre Abril de 2010 e agosto de 2012.
A alternativa apresentada, com a adaptação de um KAMOV (helicóptero pesado ao serviço do Ministério da Administração Interna) para efectuar a prestação de socorro não vai ao encontro das necessidades já que, pelas suas características, está vocacionado para outro tipo de serviços que não as operações de emergência médica.
O Algarve, não só pela população residente ao longo do ano mas, fundamentalmente, pela população flutuante que triplica na época do verão, tem necessidade de um serviço permanente que preste auxílio imediato em situações de emergência até porque, o facto do Hospital Central ainda não estar concretizado, torna necessário que exista um equipamento que transporte doentes para os grandes centros como Lisboa (32% das ocorrências efectuadas no Algarve reportam a transferências inter-hospitalares).
Assim sendo, esta medida vai prejudicar claramente não só as populações mas também o turismo algarvio já que, nos dias que correm, os serviços de saúde constituem um factor determinante na escolha de um destino turístico".
O manifesto tem toda a razão de ser; mas tenho cá para mim que não vai chegar aos corredores do poder, onde já deveria ter dado entrada há muito.
A população louletana, essa continuará a protestar… à mesa do café.
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Num carrocel de loucos, passaram dez ou doze dias desde que Coelho decidiu cantar a «Nini dos meus quinze anos». Perdão: desde que decidiu anunciar mais um pacote de duríssimas medidas sobre os contribuintes pobres, trabalhadores e reformados.
Uma deles trazia atrás de si a semente de uma revolução: o aumento da Taxa Social Única.
A mim, a coisa fez-me torcer o nariz, porque nunca acreditei que esse anúncio fosse para ser tomado a sério - ninguém ia deixar. Coelho também sabia que não seria a sério. Se assim não fora, por que raio haveria de ter vontade de cantar a «Nini», logo a seguir?
Como se previa – e Coelho deveria sabê-lo melhor que ninguém – o Zé-povinho saltou para a rua. Ordeiramente, como sempre, graças a Deus, já que esse mesmo Deus, no dia da distribuição do sentimento de indignação, já deveria estar cansado de caminhar por esse mundo fora e, ao chegar às faldas da Serra da Estrela, já só trazia umas migalhas de tal sentimento que por ali deixou cair, à espera que um qualquer Viriato as apanhasse e gastasse.
Um décimo dos portugueses saiu, pois, à rua, entoando «A Portuguesa», agitando escassas bandeiras e cartazes onde a palavra «gatunos» era o escudo mais visível.
O Presidente e o governo fingiram surpreender-se; o primeiro convocou um Conselho de Estado para dar azo a que Coelho viesse informar que “foram ultrapassadas as dificuldades que poderiam afectar a solidez da coligação partidária que apoia o Governo" – conforme se lê no comunicado divulgado após uma reunião de quase oito horas.
Soares que, na experiência dos seus quase noventa anos, percebeu a fachada da marosca, foi o único que, ao fim de duas horas, deixou a falar sozinha a «brigada do reumático» - como lhe chamaria Louçã -, já que o final estava mais que previsto: decidiria sobre “a importância crucial do diálogo político e social e da procura de consensos, de modo a encontrar soluções, tendo em conta a necessidade de cumprir os compromissos assumidos”, como reza o citado comunicado.
No fim, Coelho tinha decidido (tinha?) que iria estudar forma de substituir as verbas «perdidas» na sua marcha atrás sobre a TSU. Pois! imagina-se: não seremos sacados do bolso das calças, seremos no bolso do casaco!...
Entretanto, durante estes dias, falou-se, pisou-se e repisou-se o tema «TSU». Enquanto isso, ninguém ou quase ninguém recordou que o desemprego se aproxima rapidamente dos 20%.
Ninguém ou quase ninguém falou nas outras medidas que Passos anunciou antes de ir cantar a «Nini»: o governo vai manter corte de um dos subsídios dos funcionários, vai repor o outro distribuindo-o por 12 meses de salários, amplia os seus descontos para a CGA para 18%. Ou seja, os funcionários continuam a receber menos dois salários anuais e pagarão ainda mais impostos. Ninguém se revoltou só porque o imposto pago pelos contribuintes aumentará, em média, 3,5%; quase todos calaram que os novos escalões do IRS vão sacar, em média, mais meio salário.
Quanto aos pensionistas, a quem igualmente lhes aumentam os impostos, continuarão a ter o corte dos dois subsídios até ao final do programa de assistência. Uma «excelente» solução encontrada pelo governo para contornar a decisão do Tribunal Constitucional, que declarou inconstitucional - por violação do princípio da igualdade - o corte dos subsídios de Natal e de férias para a Função Pública e pensionistas.
Logo a seguir ao anúncio destas dolorosas notícias, o ministro das Finanças veio dizer que serão anunciadas "medidas temporárias" para 2012, para além das que já foram apresentadas.
As pessoas saíram à rua por causa da TSU; as restantes medidas parece terem ficado esquecidas. Por isso, pergunto: será que era isto que Coelho pretendia? Que as pessoas «perdoassem» o resto?
Depois do Conselho de Estado de ontem, parece que tudo voltou à mesma: Passos Coelho vai fazer as experiências que der na gana do ministro das Finanças; os sindicatos vão continuar a preparar uma greve geral e as manifs que forem precisas, Louçã vai continuar com o seu humor corrosivo a achincalhar Coelho, Portas, Gaspar, Álvaro ou Relvas; o Partido Comunista vai prosseguir com a sua pedagogia repetitiva e Seguro vai continuar a fingir que é «mau», que o PS está unido e que tem soluções para o país.
Mas a verdade é que é extremamente urgente que se travem as estúpidas medidas de austeridade que são, sobretudo, verdadeiro assédio à própria dignidade do pobre.
A crise que atravessamos é de valores, é de lideranças. É uma crise que se caracteriza pela prevalência dos critérios financeiros sobre os próprios critérios de economia e sobre os critérios sociais.
Em cada dia que passa, está, inexoravelmente, a agravar a insegurança das pessoas, a nível social e psicossocial.
O futuro não é risonho. Não temos por onde escolher. Ou, melhor, a escolha é de incertezas.
Não sei se surgirão pessoas ou grupos capazes de fazer o que é preciso: gente que seja capaz de ignorar o fado, o fatalismo dos que acham que não há nada a fazer.
Há! Porque, neste país, agora está tudo mal; e quando tudo está mal é quando se pode fazer alguma coisa.
E.G.
Todas as fotos foram retiradas da Net, sem indicação da sua autoria
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Pronto, aquela coisa a que pirosamente em Portugal se nomeia, em francês, «rentrée», lá começou e como habitualmente, com o denominado Pontal, que é um pinhal em Faro que se mudou para o Calçadão de Quarteira e este ano, eles, os organizadores sociais-democratas (e nós), bem sabem porquê, se encerrou num parque que mete água até mais não.
A encenação não valeu de nada. Toda a gente percebeu que o primeiro-ministro apenas se quis esconder de eventuais provocações. Não da «fita» do Bloco, que com 42 automóveis no sentido Quatro Estradas - Quarteira e 36 no sentido inverso, caiu no ridículo ao não alcançar o apoio popular. O Bloco teve o cuidado de avisar muito bem o que ia fazer, para que aquilo resultasse em nada.
Mas entremos, então, no que interessa: a longuíssima prosa de Passos Coelho. Os jornais nacionais, lá estiveram, mortiços, desinteressados, como quem está chateado por lhes quebrarem as férias; como os esforçados jornalistas do Diário de Notícias, de quem são as fotos que acompanham este artigo. Das agências noticiosas, apenas compareceram os meus amigos da Lusa, que me restaram do tempo em que usei a carteira de jornalista, e que fizeram o favor de me transmitir os olhares trocistas e os sorrisos mal contidos quando o PM anunciou que «o ano de 2013 vai ser o da inversão…» Caramba! A isso se chama ousadia ou poderes divinatórios.
Mas Passos Coelho fez questão, sob as tímidas palmas dos, nessa altura, já esfomeados comensais, que está «muito confiante». Mas confia no quê, esta criatura a quem falta carisma para liderar um partido onde há muito boa e competente gente?
Enfim, lá deixou umas alfinetadas na herança socialista e, imprevidentemente, lá foi provocando os socialistas no caso da aprovação do orçamento para 2013. Bolas! Então o homem ainda não percebeu que, nesta altura do campeonato, a discrição é o melhor caminho? Ele ou a sua «entourage» (também conheço umas palavras francesas, vêem? ) já terá avaliado quais as consequências de um chumbo socialista? As últimas sondagens já põem Seguro 11 (onze) pontos à sua frente; o PS já só está a um ponto do PSD e a maioria… viste-la!
Coelho quererá que Seguro seja o primeiro ministro agora? Ambicioso, ignorante e incapaz por troca com um incapaz, ignorante e ambicioso?! Pobre povo português. Inditosa pátria que tais primeiros» tem!
Ninguém estava à espera de grandes novidades, da parte de Passos Coelho. O homem, de tribuno nada tem e por isso, os seus «improvisos» deixam transparecer que por detrás dele, os seus «speachwriters» (e esta, hein? Decididamente, a política torna-nos poliglotas) também não estão à altura. (Coisas das universidades que oferecem diplomas aos Relvas e Sócrates desta santa terrinha).
Mas, se de tribuno nada tem, a sua argumentação, a forma de encadear ideias e raciocínios consegue ser mais lamentável que a daquele almirante primeiro ministro que tivemos há anos e que desabafava, à falta de outros argumentos «Bardamerda para o fascista!».
Senão, oiça-se a gravação do discurso e entenda-se como é que um primeiro ministro de um país à beira do abismo, pretende fazer passar a imagem de normalidade e como pervaga, sem que nada o faça prever, para uma espécie de ameaça: - Ai não me deixam «palmar» os subsídios aos reformados e funcionários públicos? Então, vão ver como é: vou sacar a todos, ainda mais! E prometeu ser ele próprio o portador dessas más notícias logo que as tenha definido.
Obrigadinho. Pela minha parte, dispenso o «alívio para as famílias» que o ex-jota anunciou; se esta é a amostra… Com tanto «alívio», vamos ter que gramar um governo socialista, mais depressa do que esperávamos. Afinal o desemprego já passou a fasquia dos 15 por cento; e a «troika» (que é quem manda nos Coelhos que julgam que mandam alguma coisa) acha pouco. A «troika» quer mais despedimentos, salários mais baixos, menos apoios sociais. Foi no que deu entregarmos a soberania nacional aos credores. Foi ainda o resultado de um mal aconselhado chumbo do PEC 4. Que resultados dramáticos trará a não abstenção do PS ao orçamento de 2013? Passos Coelho pensou nisso?
Os outros partidos, é como se não existissem. O CDS simula estar calmo. Sabe perfeitamente que, se este governo cair, fecham-se-lhe as hipóteses e as «portas» para outro governo. O PCP, à falta de propostas consistentes, repete o seu argumentário até à exaustão. Usa o discurso populista mas vácuo de quem sabe que nunca será poder – satisfaz a clientela e nada ajuda a resolver.
E Cavaco? Serve para quê? Não consegue (nem tenta) pôr ordem no galinheiro? Não tenta, com certeza. Senão, teria lido previamente o pobre discurso do primeiro ministro e tê-lo-ia (?) demovido das bravatas do Pontal que não é Pontal.
A Coelho falta a sensibilidade para gerar uma empatia mobilizadora com a generalidade dos portugueses, particularmente com os que mais têm sido sacrificados até agora. Isso viu-se no que o nosso informador chamou de «míseros aplausos» na festa do parque aquático, o Pontal – a «rentrée» que Passos Coelho tem bastas razões para tentar esquecer, mesmo depois de poupado a insultos e provocações do Bloco, «à pala» de umas portagens que os bloquistas sabem ser irreversíveis.
E foi para isto aquela distribuição de bandeiras e aquele discurso de 40 minutos? Tanta expectativa na comunicação social e por parte dos comentadores políticos sobre o que se esperava do discurso de Passos Coelho só poderia redundar numa tremenda e angustiante desilusão. Talvez por essa razão, no jantar do parque aquático estiveram apenas os «profissionais» da política laranja.
Seruca Emídio também lá esteve. Obrigações do ofício. O presidente da Câmara leu umas palavras cautelosas e não disse, com certeza, outras que lhe apeteceria ter dito sobre a relação das autarquias com o governo. Devia ter dito. Pelo menos, para tentar perceber por que razão a Fundação António Aleixo corre sérios riscos de perder os apoios de que carece para poder cumprir os seus nobres propósitos. Isso, se calhar ficou para dizer, em privado.
Uma última nota que reflecte a «esperança» dos portugueses: quarteirenses, que se vissem por lá… talvez uma dúzia.
E.G.
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Na altura, pareceu estranho, para não dizer suspeito: um ministro, na véspera de terminar o seu mandato num país de faz-de-conta, sacou do ministério que geria mas que, evidentemente, não era de sua propriedade, 60.000 (sessenta mil) fotocópias cujo destino só ele conheceu.
Para tal ser possível, esse ministro, que, por acaso e só por acaso, era da Defesa Nacional, contratou para o efeito, segundo o próprio declarou na altura, pessoas alheias ao ministério.
O dito ministro, desse país de faz-de-conta, parece que nunca soube distinguir que uma coisa é exercer funções partidárias ou particulares e outras é exercê-las no Estado.
Espantou como documentação que deveria ser do conhecimento de um número restrito de pessoas, andou nas mãos de um/uns estranhos, o qual(is) não poderia(m) ser incluído(s) nesse número restrito de pessoas que podem mexer em documentos oficiais, confidenciais ou secretos e, muito menos, copiá-los.
Num país que não fosse de faz-de-conta, o ministro deveria ser suspeito de espionagem, mas, no caso vertente, o nosso homem, de forma arrogante, foi ouvido para a televisão, onde confirmou os factos, dizendo que só fotocopiou documentos pessoais – 60 mil páginas de documentos pessoais?!
Mais tarde, os jornais noticiaram que esses documentos foram entregues a uma empresa, para que os digitalizasse. E foi alguém dessa empresa quem pôs a boca no trombone: que eram mais de 60 mil páginas e que algumas delas diziam “secreto” e que, havia documentos sobre o Iraque, a NATO, a ONU, os casos Portucale e da aquisição de submarinos, e sabe-se lá que mais.
Em qualquer país que não fosse de faz-de-conta, ou onde existisse uma réstia de noção de Estado, o nosso homem seria interrogado pelos serviços competentes e seriam a analisados os documentos que, naturalmente seriam apreendidos, responsabilizando (criminalmente?) o autor de tamanha enormidade; mas, numa terra de faz-de-conta, o ministro achou a situação naturalíssima. E quem veio depois dele, também.
Meses depois, o então já ex-ministro nem sequer foi ouvido num caso de abate de sobreiros, como já o não fora nos casos de uso indevido de uma viatura de luxo de uma universidade nem das irregularidades desse mesmo estabelecimento de ensino…
Atenção: estamos a falar de um país de faz-de-conta. Nada que nos diga respeito nem envolva qualquer ministro conhecido.
Agora, desta vez e num país que já nos diz respeito, os jornais noticiam que desapareceram documentos relativos à aquisição de submarinos, um caso que já se provou, na Alemanha, que deu lugar a subornos e corrupção.
Se fosse no país do faz-de-conta, mesmo aí, talvez se soubesse quem tinha as fotocópias ou onde andavam os originais. Mas isso seria no país do faz-de-conta. Em Portugal, não se tiram ilações.
E.G
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Já nada me espanta na política portuguesa. Ou melhor, nada do que façam ou digam os políticos portugueses (que agora nem precisam deixar passar dias para se desdizerem. Basta que decorram uns minutos. Ou nem isso).
Aprecio o sorriso do «Álvaro». Ele acha que tem cumprido o seu papel e voltou à feira do artesanato para confirmar que ainda se chama Álvaro e para demonstrar que, um ano e mais uns dias sobre a sua tomada de posse, mantém o seu ar ingénuo (acho que o homem não tem capacidade sequer para ser hipócrita) sobre a inoperância que revelou.
Espanta-me o Portas com aquele nariz de fuinha e a cara de pau com que agredia tudo e todos e o próprio Presidente da República, enquanto foi jornalista, mas agora acha que este ano foi prenhe de reformas e propiciador de bem-estar (para ele, claro, terá sido).
Não me espanta o primeiro ministro. Acho que Passos Coelho percebe tanto do que seja governar, como eu entendo de lagares de azeite. A diferença é que eu nunca tentaria espremer uma ceira.
Nem me espanta o seu patrão Relvas, que revela a mentalidade e o espírito de um saca-rolhas – tão retorcidos e com o único objectivo de se manter no poleiro e mostrarem que é ele quem dita as regras (tão contorcidas como ele próprio).
Não me admira que aquele que um dia concorreu a presidente da Câmara de Mértola conseguindo o resultado histórico de… 23 votos (!) e se chama Arnaut, tenha sido nomeado administrador da REN, uma empresa que é cliente do seu escritório de advogado. Não admira porque a corrupção atingiu o seu ponto mais alto, sob a batuta deste governo inábil e mentiroso.
Não me admira que os socialistas tenham escolhido para seu líder um indivíduo indubitavelmente ambicioso, mas sem ideias, sem carisma, sem chama: um Seguro entediante e tão repetitivo como uma cassete de cariz cunhalista.
O que me admirou mesmo foi a espantosa aclamação das hostes socialistas, quando Pedro Silva Pereira, «socratista» indefectível, subiu à tribuna parlamentar para, com uma singular clareza argumentativa, denunciar a «receita» de «Vítor Gaspar» que nos levou à mais triste miséria que o país conheceu desde o século das trevas (como se os deputados e todos nós o não soubéssemos).
Provavelmente, os parlamentares socialistas começam a admitir que o «socratismo» até era menos mau do que o «passismo» que o veio substituir (o provérbio diz que «se queres ser bom, morre ou vai-te embora»).
Por outro lado, é evidente que nem Passos Coelho nem Vítor Gaspar foram ainda capazes de entender a estupidez que os levou a serem mais «troikistas» que a própria troika.
A minha dúvida é se, agora, terá Seguro percebido que o país precisa de um Homem com vocação de líder para tentar conduzi-lo aos bons caminhos. Duvido; a sua caixinha craniana parece que ficou cheia com a ambição do poder. Não cabe lá mais nada.
E, para ser sincero: não vejo onde os portugueses irão descortinar esse Homem.
E.G
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O Ocidente não tem emenda. Durante séculos e séculos determinou, para si mesmo, que os modelos que pratica são exemplares, ética e moralmente irrepreensíveis e, evidentemente, “superiores” – logo, deverão ser seguidos por todos os povos do mundo.
O Ocidente continua, mentalmente, na Idade Média, na convicção de que os mentores ocidentais ditam as normas correctas e incensuráveis.
Também parte deste mesmo Ocidente estagnou no período das “descobertas”, assumindo-se como colonizadora de bárbaros e infiéis.
Pese embora a evolução das ideias e a modernização da filosofia, muitos enquistaram nas suas posições de colonizadores.
Portugal tem uma Constituição que (teoricamente) respeita as diferenças, os credos, as tradições de todos. Inclui-se – depreende-se – o respeito pelas soberanias dos Estados.
Teoricamente, disse eu. É certo que o Zé Povinho, se não se está borrifando para o que se passa lá fora, pelo menos, encolhe os ombros num pensamento simplório: “isso é lá com eles”. Mas nem todos são assim, e acham que devem meter o bedelho na vida do vizinho.
Paulo Portas, que se saiba, nunca percebeu nada de África nem das suas idiossincrasias. Para ele, “pretos são pretos” e nós, os “civilizados” temos a obrigação de impormos, aos países africanos, os nossos padrões morais e éticos.
Claro que os “pretos são pretos”. E devem ter orgulho em ser. Claro que a ética dos “pretos” é uma ética diferente da dos ”brancos”. E aqueles têm o direito de escrever os seus princípios éticos, mesmo que estes se não compaginem com os da moral judaico-cristã.
Mas Portas, como muitos outros “brancos”, particularmente os que ocupam lugares governativos, não percebeu ainda isso. Portas entende que deve assumir o seu “nobre” papel de colonizador.
Perante isso, Portas decidiu perorar: que, perante o golpe de Estado na Guiné, devemos (o Ocidente, ou os portugueses?) enviar uma força militar para obrigar os guineenses a aceitar os “nossos” padrões.
Ele sabe lá qual tem sido o papel do “poder legítimo” no tráfico da droga na Guiné-Bissau?! Sabe lá, na sua desmedida ignorância, quais os princípios morais e religiosos dos que se opõem à prepotência das chefias militares da Guiné?! Ele sabe lá o que é viver atascado na bolanha, ser vítima da malária ou parasitado pelas matacanhas!?...
Saberá ele mesmo o que é a Guiné? Deixe-se de asneiras! Deixe que os próprios resolvam os seus problemas, desde que não violentem os direitos do seu povo dócil e pacífico. Com certeza que Portas nunca viu o filme "Os deuses devem estar loucos".
Meta-se na sua vida, senhor Portas, já que, pelo que parece, entende muito é de… negócios de submarinos!
Parece, porém, que os guineenses souberam dar-lhe a resposta que ele estava "mesmo a pedir": “Qualquer força estrangeira seria considerada força invasora”, ou seja, “quem vier por mal, será tratado como inimigo”.
O amor-próprio tem ainda valor; mesmo na Guiné Bissau. Pelos vistos, os “pretos” têm mais dignidade do que os que andam, de mão estendida e lágrima de crocodilo, a pedir esmola, quer seja à Comunidade Europeia, quer seja ao Brasil, a Marrocos, à Venezuela ou até a Timor. Como faz Portas e o governo que integra.
E.G
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O governo, em segredo, montou uma armadilha aos funcionários, num estilo inaudito que nem lembraria ao antigo regime, ao aprovar um diploma que suspende as reformas antecipadas aos trabalhadores da função pública.
Não negociou, não ouviu os representantes dos trabalhadores. Nada! Pela calada, em vésperas das festividades da Páscoa, ofereceu essas amêndoas aos que nem tiveram tempo de esboçar um gesto de defesa. A monstruosidade foi publicada em Diário da República, em 5 de Abril, para entrar em vigor no dia seguinte, que foi feriado.
Vamos num bom caminho, não haja dúvida! No túmulo, o ditador de Santa Comba deve estar a rebolar-se de gozo.
O Presidente da República nem pestanejou: promulgou o diploma durante um fim de semana que ficará na história como um dos golpes mais baixos da democracia (?) portuguesa.
Perante o bruaá, Passos Coelho, em passeio por Moçambique, justificou-se: que teve de o fazer em segredo para que aqueles que fizeram os seus descontos, alguns durante mais de quarenta anos, não pudessem recorrer a um direito que lhes assiste e afirmou que "desde logo (afirmou) que a reposição desses subsídios seria gradual na medida das condições macro económicas" pelo que a restituição desse direito não poderia fazer parte do Orçamento de 2014. Claro, as condições macro económicas são as que lhe convierem a ele e ao seu governo de anedota. (Ai, Santana Lopes, volta à liderança PSD; estás perdoado).
Numa afirmação tão estúpida como a medida (roubo) tomada, o primeiro ministro disse que, se anunciasse que iria repor os subsídios no ano seguinte, passaria uma "imagem precipitada" de Portugal para o exterior.
Quem disse que o Estado é uma pessoa de bem? Os estrangeiros? É que cá já se percebeu que estamos a ser vítimas de um estado canalha, que martiriza apenas quem não tem dinheiro nem influências para lhe fazer frente.
Fortemente criticado pela sua inqualificável atitude de cúmplice da canalhada, também o Presidente da República veio justificar a promulgação do diploma com "razões de interesse nacional". Mas sublinhou que o acto de promulgação não implica concordância com todas as normas dos diplomas.
Numa época pascal, até Pilatos lavou as mãos! Disse o presidente eleito por 20% dos portugueses que o governo lhe deu todas as informações que solicitou e que, perante as razões de “interesse nacional” que lhe deu Coelho, entendeu que “não devia obstar à entrada em vigor do diploma", acrescentando que "todos os constitucionalistas reconhecem que o acto de promulgação não significa o acordo do Presidente em relação a todas as normas de um diploma".
Não é tão cândido?!
E.G
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Há dias, o comentário de um leitor despoletou em mim uma série de pensamentos que, latentes, poucas vezes, claramente, tive oportunidade de exprimir.
Falávamos de Democracia, de Esquerdas, de Direitas, coisas assim. E, das generalidades, fui deixando descair o pensamento para a realidade portuguesa, para a dita crise, causa e desculpa para os males que nos afligem e de que, acima de tudo, são responsáveis os incompetentes que temos tido por governantes.
Mário Soares nunca, como se diz na minha terra, foi tipo que “deitasse grãos na minha panela” até porque a nossa relação foi tremenda e definitivamente afectada por episódio de natureza pessoal. Mas tenho de admitir que foi o último governante que, talvez por ter consciência das suas limitações técnicas, foi capaz de reunir à sua volta gente capaz para formar governos. Reconheça-se: era – e é – um “animal político”.
Depois dele… foi o que se tem visto. Apenas Guterres teve a lucidez de perceber que Portugal, a sua economia e as suas finanças se tinham transformado num “pântano”. Cobardemente, porém, abandonou o barco, legando-lhe a estupidez da “terceira via” do seu amigo Blair, e deixando-o à mercê de outros incompetentes, cuja ignorância e atrevimento tem raiado a imbecilidade.
Queira-se, ou não, Cavaco foi o grande coveiro: prometendo que, no fim do seu mandato, todos os lares portugueses teriam o “seu frigorífico”, acabou com a frota pesqueira, permitiu, alegremente, que a agricultura se tornasse num factor residual, enquanto o dinheiro que jorrava da cornucópia europeia, se escoava para off-shores, pelas mãos de capitalistas, exploradores, oportunistas, amigos e correligionários.
Depois… Bom, depois, foi a aceleração que a física justifica como fenómeno incontestável em qualquer rampa descendente. Nem vale a pena falar em nomes; ou vale: todos! Barroso, outro “fujão”, Santana, um play-boy vazio de sentido e pensamento, Sócrates, o mentiroso casmurro e finalmente, a cereja em cima do bolo, o actual Coelho, super mentiroso, que - sabe-se lá quem - tirou da cartola onde se guarda todo lixo imprestável, uma espécie de síntese de tudo o que aconteceu desde que Cavaco foi fazer a rodagem a um automóvel à Figueira da Foz.
Mas a crise não é de natureza global? Então por que raio não atinge a Suécia, a Noruega, a Dinamarca?... A explicação é simples: são países que têm tido governantes a sério, a pensarem “futuro”, preocupados com o desenvolvimento da economia, sim, mas, sobretudo, com o desenvolvimento dos seus povos!
Portugal enferma duma espécie de caruncho em que a sociedade, cada vez mais complexa, se sente afastada, inexoravelmente, dos partidos políticos, os quais se enquistaram nas suas práticas que recusam abandonar; que não mudam – nem analisam – as suas praxis e as suas filosofias e que se enroscam em pensamentos que deveriam estar ultrapassados, em estratégias que nem a eles servem; em jogos de bastidores onde apenas se procuram encontrar “tachos” e segurança.
O povo? Que se lixe! O país? Querem lá saber! O importante é que a “massa”, o “cacau”, o “pilim” engrosse as suas contas bancárias e, já agora, importa-lhes o poleiro onde possam espanejar, ao sol, as suas penas de pavão.
A esquerda portuguesa é uma manta de retalhos. O seu pensamento estagnou; mesmo quando fala em desenvolver políticas de crescimento sente-se que, salvo raríssimas excepções que poucos escutam, não entende que as políticas de crescimento só fazem sentido quando acompanhadas das políticas de desenvolvimento humano. A esquerda lambe as suas feridas e acha que a culpa é sempre dos outros, dos que lhe deveriam estar mais próximos ou dos têm pensamentos de sinal contrário.
A direita está no poder. Com maioria absoluta, chefiada por uma marionete que agora diz uma coisa para logo dizer o seu contrário, com um ministro de finanças que se preocupa apenas em cobrar as contas de mercearia, enquanto vai esburgando todas as possibilidades de as classes média e baixa irem satisfazendo as suas próprias aquisições básicas. E, quotidianamente, enfia-lhes as mãos nas algibeiras à cata mesmo da mais pequena moedinha.
Enquanto isso, e porque se fala em mercearias, manda-se o ministro da economia ao Algarve… inaugurar uma mercearia em Vale do Lobo! Hélas!
E.G
Este blog não está interessado em aderir ao novo Acordo Ortográfico da Língua Brasileira. Por isso, escreve no que entende ser Português escorreito
Lincoln terá dito que “a demagogia é a capacidade de vestir as ideias menores com palavras maiores”; mas, centenas de anos antes, Aristóteles avisara que “a turbulência dos demagogos derruba os governos democráticos”.
A mim, parece-me que os políticos que nos têm (des)governado – depois de Êrnani Lopes ter conseguido o milagre de equilibrar as finanças portuguesas – ignoram deliberadamente as palavras sensatas.
Aqui há umas semanas, ouvimos o líder socialista, Seguro, bramar palavras incríveis contra o governo de Passos Coelho, como se, nos últimos anos, os responsáveis do partido do punho fechado tivessem passado, angelicamente, pelos lugares de governação.
Logo a seguir, veio Cavaco denunciar Sócrates como uma espécie de traidor que levou o país à miséria, como se não tivesse sido a governação do mesmo Cavaco que desbaratou estupidamente em cimento e por mãos amigas, os milhões que chegavam, diariamente, de Bruxelas.
Agora, no congresso do PSD da última semana atingiu-se o paroxismo da demagogia. Já o ministro das finanças se vangloriara de que já estamos a meio da ponte. Mas, quem ouviu Passos Coelho e os demais oradores, acreditaria que eles vivem noutro país que não se chame Portugal.
Disse-se e redisse-se que estamos em recuperação e que, lá para meados do próximo ano, já estaremos numa fase ascendente, olhando para o buraco ao fundo do túnel, já que em 2013 estaremos a crescer.
Ninguém teve a coragem (honestidade) de dizer que a política de restrições que este governo nos (nos… a quem não se pode defender, claro) tem imposto nos empurram, cada vez mais, para o fundo do poço e nunca para perto da luz; porque a realidade é que os números não mentem (ao contrário dos Pinócrates e dos Coelhómetres) e a realidade é que o défice do Estado, cresceu em menos de um ano, triplicando, para 3,5%; e as receitas fiscais que o manso Gasparzinho (que quer ser mais troikista que a troika) previa que subissem… não subiram. Ao contrário, desceram 5,3% !
Falhanço total! – O aumento brutal dos impostos nunca compensará a ausência de crescimento económico.
Gaspar bloqueou a economia e o governo entrou no mundo do surreal, como fizera o governo anterior.
Se calhar, estávamos a meio da ponte, pois, mas desde que o PSD se aliou ao BE para recusar a última bóia que poderia ser de salvação, chamada PEC 4, começámos a andar, aceleradamente, “às arrecuas”.
Por favor, deixem de vestir as ideias menores com palavras bonitas. Acabem com a demagogia e reconheçam a vossa incapacidade para dirigir o que quer que seja!
E.G.
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