Domingo, 11 de Novembro de 2012

ACREDITE:

Seguro diz que está preparado para governar !

Às vezes, tenho pena de não ter mais tempo para poder escrever. Falha-me assim a intenção deste blog e falha-me a possibilidade de corresponder ao pedido daqueles órgãos de imprensa que tanto insistem para que eu engrosse o número dos seus colaboradores. Não dá; sinceramente, é-me impossível inventar tempo para isso.

Reconheço, porém, que pouco importa que eu escreva ou não. Só me apetece escrever sobre política, mas acho que sou o único que não tem opinião sobre a forma como Portugal pode descalçar a bota em que se enfiou. Toda a gente sabe como sair disto e tem vontade de divulgar a sua opinião. Só eu não.

Sinceramente, sou um, talvez único, em dez milhões, que não dava para primeiro-ministro desta casa sem pão.

Até Seguro veio anunciar a um país incrédulo, que «está preparado». Incrível, mas real. Ele acha que está preparado!

Aqui há uns mesinhos, ouvimos isso da boca de um outro rapazola; e o resultado da preparação que ele tinha, e as soluções que apresentava… aí estão, à vista de todos.

No ano passado, Coelho, acolitado por Portas, recusava o PEC 4 - que Sócrates negociara com as entidades europeias – o qual previa uma subida de escalão do IVA de um certo número de produtos, um corte nas deduções em sede de IRS, ao mesmo tempo que definia uma ligeira subida nas pensões mínimas e o salário mínimo de 500 euros.

Aí, Passos Coelho declarou que «não estava disponível para aceitar mais sacrifícios dos portugueses» e Portas jurava defender até à morte, os contribuintes e, particularmente, os pensionistas.

Ambos diziam que, entre a crise internacional e a situação portuguesa, não houvera qualquer relação. Coitados dos moços: não tiveram um bocadinho de tempo para analisar as causas e consequências de um tal subprime

Rejeitado o PEC 4, por acção conjunta dos partidos à sua direita aliados com os da sua esquerda, Sócrates atirou a toalha. O país foi a votos

Entretanto, Teixeira dos Santos não foi de modas e pediu o resgate, à revelia de Sócrates.  

Coelho e Portas sentam-se nas cadeiras do poder sob a opa protectora de Cavaco. Daí em diante… foi o que se viu. O país estava à beira do abismo, é verdade.

Coelho que tirou da cartola um fala-mansinho de nome Gaspar, só facilitou: obrigou o pobre Portugalzinho a dar um grande passo em frente.

Cada dia que passa, o cidadão acorda temeroso: «que surpresa desagradável me reservará hoje a dupla Coelho/Gaspar?»

Os subsídios de férias e de Natal, foram ao ar, os impostos cresceram aos limites do impossível e o presidente, cada vez mais mudo, nada fez para travar os desvarios e as mentiras que atiraram toda uma classe média para os limiares da pobreza e a classe pobre para as zonas de miséria. A protecção social é quase uma miragem do passado. A produção decresce, os números do desemprego sobem exponencialmente… Até a independência de um país de pergaminhos dourados foi ao ar.

O país fica pior em cada dia, desde que Coelho tomou assento na cadeira do Palácio da Calçada da Estrela.

Na única coisa em que o homem é bom, é em inventar palavras.

Primeiro, fora as «malabarices» do orçamento (do outro, claro). Depois, entre «pieguices» e «colossais» buracos nunca explicados e «reajustamentos» do pacto que jamais seriam a renegociação da dívida, foi criando patéticas expressões

A última foi a «refundação» que começou por ser a refundação das medidas sociais, que passou depois a ser a «refundação do Estado Social» e, finalmente, passou a ser a «refundação do Estado» que, ao que consta, seria uma «malabarice» para alterar a Constituição da República com o objectivo de nos sacar mais quatro milhões de euros para pagar juros de dívidas que os governos contraíram sem que nós tivéssemos sido vistos nem achados para isso.

De tombo em tombo, fomos mergulhando cada vez mais fundo e perdendo esperanças e expectativas.

Quanto a Coelho... esqueceu depressa que «não estava disponível para aceitar mais sacrifícios dos portugueses» e tem-se empenhado em espetar a faca cada vez mais fundo na classe média e até nos infelizes que vivem de salários de miséria.

E Portas? Bem, esse esqueceu os pobrezinhos, os lavradorzinhos, os pescadorzinhos e os seus queridos pensionistas… Tal como o chefe do governo, Portas está muito interessado em mostrar a importância do seu nariz, nos areópagos internacionais.

Hoje, não há quase nenhum português que não gostasse de ver tal coelho ao alcance da mira de um caçador experimentado. Mas pergunta-se: e que alternativas?

Este, que diz agora que está preparado para governar?! Só de anedota!

Como se terá preparado o sujeito, que nunca fez mais do que gastar os fundilhos nos assentos dos cargos públicos que lhe foram sendo oferecidos?!

O outro ainda escreveu um livro cheio de banalidades em que prometia «Mudar». Este debita banalidades que, espremidas, não dariam para preencher nem um livro de mortalhas.

Com tal «preparação, havia de ser linda a sua liderança!...

Só se fosse para fazer ainda pior.

Os portugueses podem estar fartos das asneiras de Coelho e ambicionarem mudanças; mas mudar para um tal Tozé Seguro?! Só se fossem parvos.

 E.G.
Este blog não está interessado em aderir ao novo Acordo Ortográfico da Língua Brasileira. Por isso, escreve no que entende ser Português escorreito 

 

Publicado por democracia-do-sul às 13:20
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Domingo, 21 de Outubro de 2012

TAL COELHO, TAL SEGURO...

… e os portugueses que se lixem!

 

Não sei se António José Seguro “avisou” (ou não) Cavaco que está pronto para eleições como se afirmava, há dias, no Diário de Notícias - tantos foram os desmentidos e as reconfirmações da notícia.

Não me interessa se o facto é mentira, ou não; nem se foi, ou não, o DN que, afecto ao «poder constituído», manipulou as palavras do líder socialista. Mas cheira, por aí a eleições para o Parlamento e já há listas fechadas para as lideranças municipais. E aí, a gente começa a ter razões para preocupações…

Tenha juízo, senhor Seguro. Desde que, há anos, o conheço sei o que você vale e o que o rege: ambição e vacuidade. Só os seus amigos lhe dizem que você é «bom». Todos os demais sabem que você tem, na sua cabecinha, areia da mesma praia onde Coelho encheu a sua… Tirando as repetidas frases feitas que usa, é bem evidente que não passa de um balão inchado.

Certo, certo, é que António José Seguro, em entrevista ao jornal «I», afirmou que «o PS está sempre disponível para assumir as suas responsabilidades», sugerindo, deste modo, que poderá voltar ao poder mais cedo do que nós pensávamos, pois, ainda em Setembro, o mesmo Seguro dizia, com aparente convicção, que o lugar do PS é na oposição. Agora o discurso mudou, já que as palavras do líder socialista demonstram que o PS tem pressa de chegar ao poleiro.

Aqui temos mais uma semelhança de Seguro com Coelho: a sua ambição cega e inconsciente. Passos Coelho provocou a queda de Sócrates, afirmando-se preparado e sabendo as soluções. Nós acreditámos. O resultado é o que se está a ver. Seguro, agora repete Coelho…

Mas para que estão «preparados» estes «putos»? A sua ideia de governar um país é que isso é o mesmo que dar ao dedo nos botões da playstation? A sua prática de vida assemelha-se ao uso do facebook e da rapidez com que trocam mensagens em sms?

Coelho conseguiu uma licenciatura apenas aos 37 anos, numa universidade dessas privadinhas da silva, que oferecem licenciaturas aos Sócrates e aos Relvas deste país. Seguro, acabou mais jovem. Na mesma universidade.

Coelho, para além duns esquemas de olho vivo, com Relvas, mamando de subsídios públicos, «fingiu» que trabalhou (?) para o seu padrinho Ângelo Correia, só para fazer currículo. Seguro enfiou-se logo, de cabeça, nas lides partidárias. Experiência de vida de ambos… zero! Responsabilidade profissional… zero! Experiência de gestão? Nem numa merceariazinha de bairro tentaram fazê-lo. Credibilidade? Quem lha reconhece>?

E são estes «putos» inconscientes que têm a veleidade de querer governar o país!

O pior é que, olhe a gente para um lado ou para o outro, não estamos a ver qualquer «cabeça» capaz de assumir a tarefa. Ao contrário: sabemos que com qualquer político daqueles que conhecemos, o que vier a seguir fará sempre pior.

Por isso, chegámos onde estamos.

(imagens retiradas da internet)

                                                                                                                                                         E.G.
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Publicado por democracia-do-sul às 12:58
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Quarta-feira, 25 de Abril de 2012

25 DE ABRIL, SEMPRE?!...

Um Presidente completamente "desencravado"
 
Poucos se lembrarão: decorria o ano se 1954 e os ofícios terminavam, obrigatoriamente, assim: “A Bem da Nação, no XXVIII ano da Revolução Nacional”.

A dita “revolução” era, nem mais nem menos que o movimento de 28 de Maio de 1926 o que, para os meus verdes quinze anos, nesse ano em que comecei a trabalhar para a Função Pública, tinha o mesmo significado que a batalha de São Mamede, a descoberta do caminho marítimo para a Índia, o envenenamento de Viriato, o desastre de Alcácer Quibir, ou outra coisa qualquer que referiam os livros escolares mas se passaram muito antes de eu ter nascido. Ou seja: não significava absolutamente nada… Só tinham, então, passado 28 anos desde que Gomes da Costa saíra de Braga, à frente de uma centena de militares.

Agora, passaram 38 anos desde que Salgueiro Maia enfiou Marcelo Caetano num Chaimite para lhe dar um bilhete de ida sem regresso para terras de Vera Cruz.

Isso quer dizer que, para metade dos portugueses, a Revolução dos Cravos é qualquer coisa tão longínqua como a batalha de Alcácer Quibir ou a corda ao pescoço dos filhos de Egas Moniz.

 

Uma deputada que não soube dar qualquer resposta porque estava nervosa... por não saber onde encontrar um cravo!... Pode vir a ser  até ministra da agricultura...
 

Por isso, não admira que as cerimónias tenham perdido fulgor e que até o Chefe do Estado se tenha esquecido que, se não tivesse sido esse momento mágico em que a censura e a Pide deram lugar a uma liberdade tal que até permitiu que Cavaco Silva seja hoje Presidente da República. Um Presidente que odeia cravos.

O mesmo Presidente que  há pouco mais de dois meses, se insinuava como sendo de centro-esquerda, perante a troça e a irritação dos candidatos de esquerda. Adiante!

Os discursos surpreenderam. Pela vacuidade. Todos eles. Para além de uma espécie de radicalização à esquerda de militares, Soares e outros menos “descarados”; para além do anúncio por parte dos socialistas, de uma próxima (?) ruptura democrática (que raio é isso?) o que se viu foi o empobrecimento do discurso político, sem ideias, sem propostas de qualquer orador. Espantou a fuga à referência aos verdadeiros assuntos que interessam ao esburgado povo português, por parte de Cavaco Silva, que se esqueceu que, no ano passado, “avisava” que este povo estava no limite dos sacrifícios e preferiu, este ano, fazer uma “oração de sapiência” sobre banalidades: sobre o "compromisso cívico para a inclusão social" (importa-se de repetir?), sobre a necessidade de “coesão do país”, sobre o valor dos portugueses no reconhecimento internacional das capacidades lusas, sobre sermos “credíveis” lá fora e sobre… cultura.

Cavaco não tinha mais nada para dizer? Não tinha avisos para fazer? Um discurso daqueles, qualquer aluno do “secundário” era capaz de escrever! Com a mesma inutilidade de palavras.

 

Este deputado estudou... Relações internacionais e Ciências Políticas. Não sabe nada da história moderna... Está mesmo talhado para primeiro ministro...
 

Mas hoje nem tudo foi mau. Pelo menos, a TVI prestou um bom serviço ao país, ao apresentar meia dúzia de questões a alguns “deputados da Nação” que revelaram um profundo desconhecimento sobre a História contemporânea e sobre o significado da Revolução de Abril. Fico a pensar: será que sabem ler e escrever?

 

Por sua vez, este não se recorda quem foram os primeiros ministros.... mas sabe que aquele que mais o marcou foi... o general Vasco Lourenço. Uma boa promessa para Ministro dos Negócios Estrangeiros. Ou qualquer outra coisa...
 

Obrigado, TVI, ficámos a saber quem são os “marmelos” que, em troca de chorudo vencimento, fazem as nossas leis e traçam os caminhos do nosso futuro!

E.G

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Publicado por democracia-do-sul às 23:47
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